sábado, 5 de outubro de 2013

Meras palavras...

Vivemos num mundo onde não medimos as consequências dos nossos actos, onde achamos que as coisas feitas à nossa maneira têm mais fundamento e onde pensamos que nunca vamos ter de arcar com consequências, quando no fundo, mais dia, menos dia com razão ou sem ela os nossos erros vêem ao de cima e então aí vemos as asneiras, as precipitações, as mágoas as angústias e até as dores que causamos…
Como podemos julgar alguém se nos próprios já maltratámos, já angustiámos, já preocupámos, já cobiçámos e já enganámos…
E o que é a felicidade?
Como podemos falar em felicidade se tudo o que envolve a palavra felicidade envolve também a palavra agonia dor tristeza e desespero? Não há felicidade sem dor, sem um pedaço de angústia e alguma dor à mistura… É felicidade o que realmente desejo sentir? Para depois ter de sentir todas as suas consequências? Não. Assim não quero ser feliz, quero antes ter uma vida comum, sem grandes felicidades.
Prefiro ser feita de vidro do que de natureza humana, de uma natureza fria cruel hipócrita e ambiciosa… natureza que só se regala com coisas fúteis, com coisas materiais, com o olhar para o próprio umbigo.

Se aprendemos com os erros porque os voltamos a cometer?
Porque estamos predestinados a isso?
Porque estamos predestinados a errar a cada dia?
Viver de faz de conta secalhar torna-nos mais equilibrados, ou não… mas quem quer viver com a plena consciência de que mais tarde ou mais cedo as coisas tornam-se amargas e sem nexo?
Afinal o que te ensina a vida?


Ensina-te a fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade, só para que possamos acreditar que tudo vai mudar…
Ensina-te a sorrir às pessoas de que não gostamos, para lhes demonstrar que sou diferente do que elas pensam…
Ensina-te a dizer adeus às pessoas que amamos, sem tira-las do coração...
Ensina-te a calar para saberes ouvir…
Ensina-te a sorrir quando o que mais deseja-mos é gritar tudo o que sentimos para o mundo…
Ensina-te a ouvir a todos os que só precisam desabafar...
Ensina-te a amar os que nos magoam ou querem fazer de nós depósitos das suas frustrações e desafetos…
Ensina-te a perdoar incondicionalmente, pois já precisámos desse perdão…
Ensina-te a chorar de saudade sem sentir vergonha de o demonstrar…
Ensina-te a sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do nosso ser…
Realmente é bonito, mas pergunto-me…

Será isto que realmente aprendemos ou simplesmente fazemos de conta que aprendemos?
Não existem regras mas sim um estado de espírito...
Sim eu posso fechar-me no meu mundo, ser fria, por vezes, arrogante e tudo o mais, pois não quero que as pessoas tenham oportunidade de me falhar ou simplesmente de ser eu a falhar... Egoísmo? Perfeccionismo? Não! Nada disso, a vida é tão curta para haver falhas e erros que simplesmente não fazem sentido…


terça-feira, 1 de outubro de 2013

Olhar e ver...

Há uma grande diferença entre olhar e ver...
Ambos são parecidos, mas no fundo são bem diferentes...
Nós olhamos tudo  o que está a nossa volta...
Olhar é um simples ato de abrir os olhos...
Mas ver, é muito mais profundo...
O ato de ver, é olhar com sentimentos, observando tudo o que alguém ou algo faz...
É assim que aprendemos a amar, vendo as pessoas e não olhando-as..
Olhar é notar algo novo nos olhos das pessoas...
Ver é começar a observar de um modo carinhoso...
E amar é transformar todos os sonhos em realidade...
Esses são os passos para se caminhar rumo à felicidade...
 
 

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

A vida é composta de...

A vida é composta de detalhes...
Eu seria capaz de recordar a maneira de alguém olhar para mim, a maneira de andar, o modo de falar, até o sorriso, sentir o vento que soprava num qualquer dia especial e de como o sol brilhava, lembrar o barulho de fundo daquele telefonema tão especial...
A vida é composta de momentos...
Sendo eles os mais diversos, tanto sérios, intrigantes, engraçados, embaraçosos como complicados, mas todos muito mas muito importantes…
A vida é composta de lembranças...
Aquele abraço, no momento em que palavras não valeriam de nada, um sorriso sem propósito além de si mesmo, capaz de colorir um dia cinzento, ou daquela conversa, que me fez rever meus princípios, conceitos e valores...
A vida é composta de decisões...
Aquelas mais importantes, que decidem quem seremos no futuro, ou o que somos agora no meio de indecisões, e nunca nos deixando levar por decisões precipitadas…
A vida é composta de desafios...
Aqueles gigantes que nos assombram e também aqueles que nos fazem crescer, moldando o nosso carácter…
A vida é composta de pessoas...
Importantes todas são, o nosso carácter é moldado de acordo com as pessoas que fazem parte da nossa vida, de acordo com o tipo de influência que sofremos, mas há pessoas que marcam a nossa vida profundamente, aquela pessoa que sabe mostrar que te adora mesmo, e no meio de uma conversa mostra onde é que estás errado, e analisa juntamente contigo onde começar a melhorar e como ultrapassar algo menos bom…

A minha vida é composta do que eu me permito ser…

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Saudades...

Respiro, penso na vida…
Não posso negar que me trouxe desgostos, algumas lágrimas e muitas noites de pensamentos divagantes.
Quem está lá em cima, não imagina o que me tirou é verdade que também me deu muitos motivos para sorrir, deu-me paz e vontade de viver...
Deu-me vida e um sorriso enorme…
Gosto dessa vida, dos pequenos pormenores e das grandes diferenças, dos abraços que tranquilizam e das palavras aconchegantes.
 Gosto de viver essa vida que me deste. Gosto de me rir das minhas pequenas desgraças, de lembrar os momentos passados de felicidade.
Gostava que tu estivesses aqui, para poderes partilhar toda essa felicidade comigo… Sei, que também gostavas dessas pequenas coisas que fazem a nossa vida ser única... Eu gosto de imaginar como seria se aqui estivesses…
Continuarias a ser o meu mano mais velho (sempre o serás),ralharias comigo, se fosse preciso dar-me-ias ainda mais amor…
Gosto de imaginar porque no fundo sinto-te aqui enquanto escrevo, sinto-te presente na minha vida, sinto-te vivo no meu coração…
Nada mais importa, tenho-te comigo, como se nunca tivesses partido.
No entanto sinto tanto a tua falta. Quem está lá em cima, talvez tenha decidido o que é certo, mas não sabe, a falta que tu me fazes…

Tenho saudades tuas, muitas....mesmo muitas papá...

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Guarda-me

Guarda-me numa ideia, algo simples de que te lembres sempre mesmo depois de te esqueceres de tudo o que digo. Guarda-me num pensamento em que possas descansar a alma em sobressalto nos dias que acontecem desalmados. Guarda-me os olhos sinceros com te digo a palavra que, só e apenas tu, me ouviste dizer e me fizeste sentir. Guarda-me no sonho que persigo noite e dia, ainda que falhe em deixar-te entender a intensidade do meu compromisso. Guarda-me nesta vontade de sermos por inteiro não hoje nem amanhã, mas ontem, porque foi ontem que tudo começou e é desde ontem que nos sinto 'um' para sempre e mais um dia. Guarda-me nesta certeza quando nada do que digo e faço te pareça fazer sentido. Guarda-me neste tudo, que de tanto é infinito, em que te sinto em mim e do qual não sei desistir, porque desistir de ti é desistir de mim também. Guarda-me numa sensação tão simples quanto a intensidade com que durmo e desperto embrulhada em ti e compreenderás que as horas de dúvida são um enorme desperdício de tempo. Guarda-me numa palavra, pequena mas infinita, que encontras em tudo o que sou e planeio contigo:'sempre', porque és a minha vida e sem ti não faço o mínimo sentido.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A vida é como um puzzle...


Baralhamos todas as peças e tenta-se construí-lo tal como a figura da tampa da caixa. Tentamos que as peças encaixem umas nas outras para construir algo; todos os dias se aprende, roda-se inúmeras vezes a peça azul... será que encaixa naquela núvem lá de cima? Tenta-se e se não encaixa, coloca-se à parte.
Terá de ser a vida projectada igual à capa da caixa?
Porquê? Quem a fez?
Será que com as mesmas peças não se constroí um puzzle diferente?
Aprendo que as peças que encontramos não se devem forçar, não vão funcionar no quadro que queremos construir, o melhor é guardá-las para encaixarem noutro lado, diferente daquele que ao princípio julgámos ser o certo.
Deixar que o puzzle vá sendo montado sem pressas, também é algo que ando a aprender, sorver cada pedaço de tempo, pessoa, inspiração, brilho do sol, flôr, com calma, sem pressas. Perceber que quando não encaixa, guardar é receber "no mater what", bom ou mau...
Assim vou construíndo o puzzle da minha vida (um quadro com sol... nuvens... chuva... lua... mar... terra... fogo... água... música... silêncio... , ... , pessoas...)

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Paixão...


A paixão nasce em nós, mas algo em alguém a desperta... Nunca entendemos o quê nem porquê. Estamos demasiado desatentos, porque a paixão distrai o raciocínio e concentra a nossa atenção num monte de pormenores invisíveis aos olhos dos outros. A nossa imaginação dispara. A pertinência e a redundância das coisas invertem-se. Vemos o mundo de uma outra perspectiva. Passamos a sentir mais do que a pensar. Talvez por isso, queremos sempre continuar. A alma e o corpo têm uma sede imensa de sentir. E a cabeça adora ver o mundo de pernas para o ar...

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Chuva...Vento... Frio...


Há dias que nascem cinzentos e carregados de nuvens, que nos minam o espírito e convidam à melancolia. É natural que existam, tal como existem os dias em que o sol nos desperta de um sono cansado, depositando-nos um longo beijo na fronte e enchendo-nos de um desejo súbito de percorrer novos caminhos, embrenhando-nos neste dom único que é a vida. O truque está em guardar apenas uma pequena parcela para os primeiros e acolher sempre os segundos com um sorriso...
Ninguém pode estar alegre 100% do tempo. De vez em quando a alma transborda e, para que se purifique, é necessário que tudo o que nos preocupa se manifeste de forma visível, somente para se esbater no nosso espírito no momento seguinte. Chorar, entregarmo-nos à nostalgia, precisar de um pouco de conforto são fases normais da vida tal como sorrir, amar ou alegrarmo-nos. Cair não é necessariamente dar parte de fraco… corajoso é aquele que mesmo estando no chão encontra em si mesmo forças para se erguer de novo, renovado…