quarta-feira, 29 de junho de 2011

Simplicidade

Palavra que diz tanto na sua forma simples.

Palavra que me faz feliz.

E a minha vida corre bem nesta simplicidade.

Gosto desta palavra e quero-a sempre ao pé de mim.

Gosto de viver assim.

Gosto da minha simplicidade.

E da simplicidade que o mundo tem para me dar.

Não quero mais.

E estou especialmente feliz.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Dá-me a tua mão...

Dá-me tua mão…
Vem comigo, deixa-te levar para meu sonho.
Vem devagarinho, sem pressa…
Dá-me tua mão…
Deixa-te prender no abraço do meu corpo. Nos braços que te envolvem no carinho de um sentimento tão bonito.
Dá-me tua mão…
Soltas as amarras da realidade, entra no sonho onde te invento a cada sorriso, em cada sentido… em todas as sensações que provocas.
Vem comigo para este mundo que não é mais que o meu sentir…

quinta-feira, 9 de junho de 2011

És razão...

Apareceu do nada e do nada ficou, instalou-se, já é uma parte minha. Veio devagarinho como quem caminha sem pressa de ver passar o tempo, rastejou para não ser ouvido e entrou na minha vida sem eu dar permissão. Não pediu para ficar, mas eu deixei – não se nega um canto do coração a ninguém e assim foi, mas hoje já se vem a apoderar desse canto cada vez mais e mais. O que era um espaçozinho pequeno mas acolhedor está a tornar-se num espaço recatado e isto por mérito próprio…. Foi conquistando cada centímetro, cada sorriso, cada suspiro. Hoje estás aqui dentro e não te deixo sair e sabes porquê? Porque tu és uma das razões para cada sorriso que solto, cada gargalhada que dou sem pensar, para cada resposta que não consigo dar por alguma coisa que dizes… Porque tu és tu… Fazes-me bem …

quarta-feira, 8 de junho de 2011

... Segredo ...

Gosto do impossível, tenho medo do provável, riu-me do ridículo e choro porque tenho vontade, mas nem sempre tenho motivo...
Tenho um sorriso confiante que às vezes não demonstra o tanto de insegurança por trás dele...
Sou inconstante e talvez imprevisível…
Não gosto da rotina...
Eu amo de verdade aqueles que me rodeiam e que de coração chamo amigos…
Nem sempre coloco em prática aquilo que eu acho certo...
São poucas as pessoas para quem eu me explico...

sexta-feira, 3 de junho de 2011

O rapaz que não sabia sonhar...


Era uma vez um rapaz que não sabia sonhar. O sonho tinha-lhe morrido nas mãos, tinha-lhe escorrido pelos dedos, tinha criado um lago de paz e serenidade onde ele nunca se sabia banhar.
Nesse lago surgiram sereias, pequenas fadas, homens sábios, crianças nuas, mulheres tolas, unicórnios e sorrisos.
Só o rapaz que não sabia sonhar não via que a ausência de sonho era Mãe daquele cenário tão único.
Sentou-se a ver a sentir o Sol queimar-lhe a pele branca e os dedos percorriam a areia da praia, da praia que era tocada pelo lago do seu sonho.
E ele não o sentia.
Então um dia choveu. Choveu muito e o rapaz-que-não-sabia-sonhar não se quis abrigar da chuva. Quis ficar sentado numa rocha antiga e pintada de prata (mas ele não via a prata só via a rocha) a ouvir o vento zangado. Nunca ninguém lhe disse que o vento estava zangado porque o rapaz-que-não-sabia-sonhar era seu neto afastado (nas linhas da hereditariedade ninguém nota o trabalho moroso da natureza para tornar o avô vento num rapaz branco e que não sabe sonhar) e então rugia, rugia enlouquecido de dor e mágoa pela definitiva perda do sorriso desse seu neto tão belo, tão branco, tão só, tão sem sonho.
Quando a chuva terminou o rapaz deitou-se devagarinho na lama, criou raízes e tornou-se num carvalho imponente e grande. Os seus ramos cresceram mais altos que todos os outros, mais longe que todos os outros, mais perfumados que todos os outros.
As folhas cresceram, depois delas pequeninas flores brancas e em seguida suculentos frutos de pele lustrosa e sabor ácido.
Ao seu lado o lago morria. O lago que nascera dos seus sonhos, dos seus sorrisos, das suas inocências resgatadas e eternizadas nas águas azuis e serenas.
Os anos passaram. O Sol brilhava intensamente no lago dos sonhos do rapaz-que-não-sabia-sonhar. As fadas voaram, o unicórnio tornou-se decadente e quebrado, as sereias asfixiaram queimadas pelo sol e choraram porque nunca mais a chuva viera abençoar de vida o lago de Sonho.
Só ficaram as águas serenas e tristes e o carvalho já antigo, já rugoso, já cansado de estar ali de pé a ver o tempo correr.
Até que numa tarde de primavera, o carvalho-cansado-antigo-rugoso que fora o rapaz-que-não-sabia-sonhar, sentiu a seiva subir pelo tronco e sairem por frestas que se abriram na casca grossa, descerem atraídas pela força da gravidade, como lágrimas leitosas e puras.
O vento rugiu e a chuva voltou a cair no vale, numa torrente que parecia nunca mais parar... O velho carvalho gemeu e as suas raízes libertaram-se do chão e fizeram-no cair, desamparado na terra que tantos anos o tinha alimentado e protegido.
Não conseguia mais suportar a solidão, nem os pássaros, nem os animais que alimentava conseguiam dar sentido à sua existência . A chuva continuava a sulcar a terra furiosamente. O vendaval continuou por três noites.
No final da terceira noite a chuva finalmente começou a ceder. O ar foi cortado por um choro e abrigado nas raízes do velho carvalho estava uma criança, um bébé pequeno, branco e magro, um ar de anjo nas bochechinhas rosadas.
Um homem resgatou-o. Um homem bom e pobre que o criou entre bolotas, sorrisos, sonhos e lendas.
Ele cresceu e tornou-se um rapaz bonito e saudável. Mas um dia acordou... Acordou e descobriu que não sabia sonhar.
Então desceu, banhou-se no lago de águas paradas e podres e quando saiu deitou-se ao lado do carvalho, as mãos a percorrerem o tronco musgoso.
Deitou-se e ficou ali muitos, muitos anos. O vento nunca mais tocou o carvalho cansado e o seu habitante febril.
Dizem que ele ainda lá está, deitado no carvalho a alimentá-lo das suas lágrimas e pedaços de sonho que nunca coube sonhar.
As fadas vão afagá-lo de vez em quando, dizem os habitantes daquela vila. Ele não as sente, porque só sabe chorar e afagar o carvalho antigo.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Ser criança...

Ser criança..
Essa sinceridade de ver tudo como deveria ser..
Essa felicidade de ter alegria nos olhos..
Essa simplicidade de ser símbolo de amor..
De paz.. De liberdade.. De inocência.. De pureza..
Essa realidade de viver num mundo perfeito..
Essa capacidade de inventar o faz de conta..
De viajar em fantasias..
De viver em contos de fadas..
De habitar jardins de alegria..
Esse dom de sorrir
Com risos enfeitiçados de magia..
Esse poder de nascer de novo a cada dia..
Todos temos uma criança dentro de nós..
Eu tenho.. E tu?
Vamos deixá-la despertar para a vida..
Libertar toda a beleza da simplicidade de sentimentos..
Vamos experimentar tudo de uma forma simples..
Em gestos.. Em olhares.. Em sorrisos..
Vamos brincar a viver a vida.. A paz.. O amor..
Vamos brincar ao ser sinceros..
Vamos brincar ao ser capazes de amar..
Vamos brincar ao fazer amor..
Vamos brincar ao olhar nos olhos..
Vamos brincar ao entregar-se...
Vamos brincar ao ser feliz..
Vamos brincar ao viver..
Vamos brincar ao SER CRIANÇA..