sábado, 30 de abril de 2011

Porque hoje sinto medo...

Há alturas na vida, em que a cada segundo que passa e a cada passo que dou, a vida teima em pôr-me à prova. As responsabilidades são cada vez maiores, os sentimentos são cada vez mais fortes e quando não o são, acabam por desaparecer… cada vez passo a dar mais valor às pequenas coisas da vida… as palavras são todas elas sentidas de maneira diferente… as que antes não magoavam, hoje são como facadas nas costas, as que antes não faziam sentido, hoje sem elas o meu dia-a-dia não é nada… sinto-me a crescer dia para dia, e tremo o meu futuro, receio a minha vivência neste pedaço do Mundo… tenho medo de não saber dar o devido valor, às pessoas que mais amo nesta vida que me pertence, neste mundo que me rodeia… tenho medo de não ser amada, como desejo… tenho medo acima de tudo de não viver tudo o que idealizo, da forma como idealizo, da maneira como vejo o meu futuro e de como o desejo viver…Às vezes quando dou por mim sossegada a olhar o céu, e a contar a estrelas, sinto-me perdida, sem rumo e/ou paradeiro… sinto-me neste Mundo, a flutuar num rio que desagua no mar, onde me perco em pensamentos e sentimentos, muitos sem o mínimo de significado… tão depressa sinto vontade em gritar ao Mundo, o quanto sou feliz aqui e assim… como uma enorme vontade, de pedir para viajar para longe, onde não exista ar para respirar, nem sol para me fazer brilhar… onde lá possa ser só eu… um pedaço de mim é dominado pelo mais forte que tenho de mim, pelo que tento controlar, e não consigo… tenho medo… tenho medo de perder aqueles que amo… o medo de sofrer é enorme… rolam lágrimas, resultado de uma tristeza enorme, por sentir medo… de perder…

sexta-feira, 29 de abril de 2011

... Príncepe ...

As pessoas têm sonhos, metas, ideais... as metas nem sempre são alcançadas como as conjecturámos, mas isso não é difícil de aceitar, porque só o alcançá-las faz com que valham a pena. Os ideais, esses já são um pouco mais complicados... perdemos uns, outros mantêm-se toda a vida, porque acreditamos neles, apesar de nunca se concretizarem. No fundo nunca passam disso mesmo: ideais. Até porque se se concretizassem deixariam de o ser...
O pior de tudo são os sonhos... E simultaneamente o melhor. Os sonhos são o único meio de transporte disponível que nos leva a voar, são a única forma de fazermos tudo o que queremos, são o único mundo em que tudo é possível, em que não há ordem nem lógica. Há vontades, desejos, ambições, imaginários criados, reinventados.
Todas as mulheres sonham, acho eu, nalgum momento da sua vida, encontrar um homem perfeito. A metáfora do príncipe no cavalo branco é certamente a que melhor exprime esse desejo, esse sonho. Por vezes as pessoas não percebem bem a essência da metáfora... Não interessa se ele chega a cavalo, se chega de Porsche, Renault ou a pé. Não interessa que seja um príncipe em riqueza. São os momentos em si que interessam... aqueles momentos que, na realidade, só nos filmes conseguimos ver. Interessa se o nosso suposto "príncipe" nos respeita e acarinha, tudo faz para nos ver feliz... Interessam os gestos de cavalheirismo quando nos deixa passar sempre em primeiro lugar nas portas, interessa que se recorde das datas importantes... Interessam os pequenos presentes cheios de simbolismo: as flores, os passeios, as carícias...
E depois... pensamos que nada é assim. E esperamos e nada acontece assim... Nunca nada se adequa às nossas expectativas, nunca nada é tão perfeito quanto imaginámos...
E chegamos a afirmar que os "príncipes" não existem. O problema é que eles existem e são os que estão mais próximos de nós, mas também mais discretos... São sempre aqueles em que não reparamos. Que a toda a hora nos tentam dar subtis provas do que por nós sentem: em cada gesto, em cada tentativa de corresponderem aos nossos caprichos, em cada olhar fraterno que nos dão... E nós?
Permanecemos indiferentes, rodeadas de grandes amigos, permanecemos indiferentes e cegas, à espera de um cavalo que já não vem, à espera de um príncipe que já chegou...

quinta-feira, 28 de abril de 2011

As palavras são os meus passos, cada frase será como uma pedra que deixo atrás de mim para não me perder no regresso...

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Esta coisa de gostar de alguém...

(...) O que é díficil – dizem – é saber quando gostam de nós. Saber quando gostam de nós? Isso é o mais fácil porque quando se gosta de alguém não há desculpas nem “ ai que amanhã não dá porque tenho muito trabalho”, nem “ ai que hoje era bom mas tenho outra coisa combinada” nem “ ai que não vi a tua chamada não atendida”. Quando se gosta de alguém – mas a sério – não há nada mais importante do que essa outra pessoa. E sendo assim, não há sms que não se receba porque possivelmente não vimos, porque se calhar estava a passar num sítio sem rede, porque a minha amiga não me deu o recado, porque não percebi que querias estar comigo...

Quando se gosta de alguém temos sempre rede, nunca falha a bateria, nunca nada nos impede de nos vermos e nem de nos encontrarmos no meio de uma multidão de gente. Quando se gosta de alguém não respondemos a uma mensagem só no final do dia, não temos hipotéticos acidentes de carro, nem nunca os nossos pais se sentiram mal a ponto de nos impossibilitarem o encontro. Quando se gosta de alguém, ouvimos sempre o telefone, a campaínha da porta... Quando se gosta de alguém – e estou a escrever para os que gostam - nada nos impede de estar juntos, porque nada nem ninguém é mais importante, do que nós.

Fernando Alvim

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Fazes-me bem...

Fazes-me realmente bem...


E o que me faz bem eu guardo no coração...


O resto? Apenas passa...


Tu, fazes-me bem...

terça-feira, 19 de abril de 2011

Em luta com o tempo...

"A primeira metade da vida passa-se a desejar a segunda; a segunda, a recordar a primeira."
(A. Karr)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Com aquele sorriso...


Não quero saber se o tempo que dura é curto ou longo.

Quero que dure o tempo que tiver que durar...

Só esse, mas que dure.

Movida por este desejo, não quero saber se é certo ou errado.

Quero errar se for preciso.

Dar tudo de mim.

Quero acreditar no que vivo, com unhas e dentes.

Quero atirar-me de cabeça.

Meter a mão no fogo (precipitar-me, espatifar-me, queimar-me).

Sabendo que saí desta história com todos os sentidos apostados.

E, se, no final, correr mal saberei que dei o melhor de mim...

Vivi, cresci e magoei-me!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O beijo


O beijo deveria ser como que uma portagem, passar pela porta de casa seria proibido sem antes dar um beijo na mãe, no pai, no irmão, no filho, no marido e, a quem gostamos, até no cão ou no gato!

O beijo deveria ser como as bolinhas de sabão. Num sopro, poderíamos mandar alguns pelos ares, que explodiriam na pele de quem neles encostassem. E de repente, sem saber de onde veio, seríamos presenteados com um beijinho perdido pelas ruas da cidade...

O beijo deveria ser um elemento químico. Constar na tabela periódica, juntamente com todos aqueles símbolos “chatos” que se tem que decorar para Química. Assim , certamente seria mais interessante…

O beijo deveria caber num envelope, mesmo que fosse naqueles maiores, mas que pudéssemos enviá-lo pelo correio, para aquela pessoa que está tão longe e que daria qualquer coisa para sentir o nosso beijo.

O beijo deveria acender luzes pelo nosso corpo. E quando a energia eléctrica entrasse em nós, bastaria que demonstrássemos o nosso amor pelas pessoas de quem gostamos e qualquer escuridão terminaria...

O beijo deveria estar disponível nas montras das melhores pastelarias. Poderiam até ter um preço especial, mas que todos pudessem pagar por ele até aqueles que aparentemente menos os merecessem, porque os beijos são realmente transformadores e certamente provocariam reacções sensacionais.

Mas o beijo não é assim… É particular e nós escolhemos a quem e em quem queremos dar. Porque o beijo é um presente que precisa de vontade para ser oferecido. E talvez seja melhor que assim aconteça: não tão anónimo, não tão sem motivo, nunca forçado, ainda que possa ser pedido…

“... um beijo pode valer mais que a lucidez de uma vida inteira..."

quinta-feira, 7 de abril de 2011



Quando os pensamentos me impedem de sonhar, deixo que a vida me desenhe mil vezes...


Quando os sonhos me impedem de viver, deixo que o pensamento me trace de mil formas...


Quando a vida me impede de pensar, deixo que os sonhos pintem utopias de mil desejos...


Nas entrelinhas deste círculo de três vértices, sou esboço de alguém por inventar!!!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Desabafo...


De tantas pessoas que achei serem especiais à uns tempos, hoje olho para trás e nem 1/3 delas continuam aqui... Grande parte dos amigos desapareceram, grande parte das pessoas "especiais" tornaram-se amigos, grande parte dos amigos tornaram-se conhecidos, grande parte dos conhecidos, desapareceram!Bastou uma circunstância menos feliz para fazer a selecção e triagem das pessoas que me rodeavam. Ainda bem!! Agora que vejo, e não olho apenas, reparo que as pessoas que se mantiveram no posto de especiais são as que dão sentido à minha existência, aquelas que nunca iriam a lado nenhum e aquelas que durante o processo se tornaram especiais vão ter sempre um lugar especial, para além de merecerem todos os elogios possíveis e imaginários...


Obrigado por tudo!! Mil e muitos sorrisos =)