quarta-feira, 25 de março de 2009

Obrigado minha pipoca...


"Bem miga, falar de ti às vezes é como olhar-me ao espelho de olhos fechados…

Saber entender-te, é fácil.
Aturar-te, é um prazer.
Rir contigo, é inevitável.
Ter orgulho de ser tua amiga, é evidente.
Lembrar-me de ti, é constante.

Sei lá, já lá vão tantos anos… tantas gargalhadas soltas feitas loucas, tantas lágrimas bobas, tantas bandas sonoras, tantas brincadeiras de crianças grandes que nos tornamos juntas, tantas conversas serias de adultas que já somos, tantas recordações e boas lembranças, tantas coisas ainda por viver…

Por vezes faltam-me palavras, se é que elas existem… das mil definições de amizade…tu és talvez das mais puras.

“- Ah e tal o que é para ti a Amizade?
- Andreia!”

Sabes que eu tenho que ouvir a Mafalda para me libertar e sabes ela diz sempre qualquer coisa que serve para expressar sentimentos e ela agora diz uma coisa que, minha estrelinha é para ti…

“Vai-te encontrando na água e no lume…
Liberta o grito que trazes dentro
E a coragem e o amor
Mesmo que seja só um momento
Mesmo que traga alguma dor
Só isso faz brilhar o lume
Que hás-de levar até ao fim
E esse lume já ninguém pode
Nunca apagar dentro de ti…”

Sabes o que te digo, usando um pouco mais das palavras da malfada:

“Em toda a parte onde quer que vá, onde quer que o sonho me leve hei-de lembrar-me de ti…”

De coração…. Nokinhas!"

ps_ a ti minha pipoca faltam as palavras para agradecer este fantástico comentário és sem duvida uma estrelinha na minha vida..

segunda-feira, 23 de março de 2009

Ainda ontem tio...


Ainda ontem andavas comigo às costas porque eu não queria andar quando vínhamos do colégio…
Ainda ontem brincávamos com as Tartarugas Ninja…
Ainda ontem andávamos à porrada no hall de entrada de casa da avó…
Ainda ontem eu queria vestir e calçar como tu e andar de skate…
Ainda ontem me roubavas a parte de cima do bikini e eu tinha que rastejar para o ter…
Ainda ontem me pegavas ao colo e punhas dentro do carrinho das compras e depois davas-me banho com “PRESTO”…
Ainda ontem me fazias rir sem parar e depois já sabias o que acontecia à mesa… (pxiuuuu)
Ainda ontem saíamos da mesa a correr …
Ainda ontem me fazias andar a correr pela passadeira da ilha a fugir de ti só com a toalha de banho…
Ainda ontem ficava chateada porque não podia sair como tu…
Ainda ontem te chamava "tiozinho" para te fazer ceder sobre qualquer coisa...
Ainda ontem me chamavas de cabeça de urinol público… (jamais esquecerei)
Ainda ontem fazíamos guerras de comida, mostravas o teu bolo alimentar e depois pronto…
Ainda ontem ouvíamos o avô a ralhar connosco por causa do nosso comportamento…
Ainda ontem fiquei feliz porque saí contigo…
Ainda ontem partilhamos amigos…
Ainda ontem quase que aprendi a jogar raquetes…
Ainda ontem me ofereces-te um estrato da tua conta bancária (quase a zeros) como prenda de aniversário dizendo que quando te saísse o Euro Milhões me oferecias uma curso intensivo de step porque parecia uma baleia…
Ainda ontem fomos para o AquaShow os dois mais o Galvão, o que sofri com vocês, chegámos à ilha de rastos…
Ainda ontem passávamos a passagem do ano juntos...
Ainda ontem gozavas comigo por o meu Inglês "ser excelente"...
Ainda ontem gozavas comigo por causa das minhas excelentes aptidões informáticas...
Ainda ontem Pedro foste o meu padrinho de curso e por sorte só queimei a fita…
Ainda ontem eras meu… eras o meu tio… o meu irmão mais velho…
E hoje?
Hoje és quase um homem casado…
E amanhã?
Amanhã serás um homem casado, mas jamais deixarás de ser uma pessoa que eu adoro, que eu admiro, que eu tenho por irmão…
Nunca te esqueças disso e por favor nunca deixes de ser quem és e como és…

sexta-feira, 13 de março de 2009

Continua a sonhar...

Nada na vida se consegue sem esforço e determinação.
Queres sonhar, sonha...
Queres acreditar, acredita...
Mas se queres concretizar um sonho tens de lutar sem te deixar vencer.
O medo, esse fica para trás tal como o passado....
Não deixes de fazer nada só por te dizerem que não o deves fazer, acredita no que sentes e no que te fazem sentir.
Se necessário fecha os olhos, tapa os ouvidos e segue o coração... se errares não desanimes só porque não correu como desejavas, continua a acreditar em ti e naquilo que sonhas porque um dia, esse grande dia vai chegar e vais ser compensada por tudo o que mereces.
Lembra-te daqueles que gostam de ti e que te admiram e orgulha-te do que és e daquilo que sempre foste...
Eu orgulho-me muito, fui o que sempre quis e hei-de ser o que sempre sonhei!!
E esse grande dia está prestes a chegar, porque eu mereço....
EU SEI QUE MEREÇO!!

E as histórias de encantar???
Essas ficam para contar aos mais pequeninos.... se existem ou não, não sei... talvez esteja inserida numa delas ou talvez não....

"Os verdadeiros Príncipes Encantados não têm pressa na conquista porque como já escolheram com quem querem passar o resto da vida, têm todo o tempo do mundo; levam-nos a comer um prego no prato porque sabem que no futuro nos vão levar à Tour d’Argent; ouvem-nos com atenção e carinho porque se querem habituar à música da nossa voz e entram-nos no coração bem devagar, respeitando o silêncio das cicatrizes que só o tempo pode apagar. Podem parecer menos empenhados ou sinceros do que os antecessores, mas aquilo a que chamamos hesitação ou timidez talvez seja apenas uma forma de precaução para terem a certeza que não se vão enganar.Claro que com tantos sapos no mercado, bem vestidos, cheios de conversa e tiradas poéticas, como é que não nos enganamos? É fácil. Primeiro, é preciso aceitar que às vezes nos enganamos mesmo. E depois, é preciso acreditar que um dia podemos ter sorte. E como o melhor de estar vivo é saber que tudo muda, um dia muda tudo e ele aparece. Depois, é só deixá-lo ficar um dia atrás do outro... e se for mesmo ele, fica.”

sexta-feira, 6 de março de 2009

Becoming Jane

Iremos estar sempre destinados a ver a felicidade passar-nos ao lado?
A acreditarmos que as coisas boas só acontecem aos outros?
Confesso, estou lamechas porque estive a ver o filme "Becoming Jane" e o argumento causou-me insónias. Roda basicamente à volta do desespero de alguém, algo como se sentir em relação a outra pessoa a angústia de não encontrar uma solução para a manter na mesma equação.
Com isto acabei por navegar para muitos outros pensamentos divergentes e fiquei sem sono.
Penso se estaremos todos condenados ao estar quase bem, quase apaixonados, quase felizes, quase realizados, quase tudo. E se decidirmos afrontar esta tendência natural para a incompletude (ainda dizem que no final sempre tudo se completa), qual o verdadeiro preço a pagar?
Esta história dos princípios para com nós mesmos deixa-me sempre agitada. É mais fácil ter apenas princípios para com os outros.
Muitas vezes vejo as pessoas lutarem afincadamente por alguma coisa e quando chegam perto simplesmente diminuem o interesse. Obviamente isso faz os outros terem medo de investir, de confiar, de se deixar levar. Criam resistências mas mesmo assim acontece surgir um novo vírus e ficam fragilizadas “again”. E actuam assim indefinidamente umas em relação às outras pela vida toda (estou a falar na terceira pessoa mas também me sinto enquadrada nesta perspectiva). Ficamos todos na história do quase.
Desde cedo que nos ensinam a dar babysteps no caminho dos nossos sonhos, desejos e expectativas. Eu costumo sentir-me mais a dar grandes passadas em direcção ao abismo, com direito a vertigens* e tudo. Geralmente corre bem, e por mais que o chão trema nunca passo da berma do precipício (metáfora, descansem que não ando com ideias suicidas). Mas o medo é sempre tão grande, as pessoas e circunstâncias desiludem-nos sempre, acabam mais cedo ou mais tarde por fazer "mal" à alma. Por outro lado a tal história dos princípios pessoais não admite desistências, o caminho só tem um sentido, em frente.
Mas estar no meio destes dois lados não é basicamente uma situação de quase?

*vertigens - efeitos secundários derivados das resistências aos vírus. Surgem geralmente quando os anti-corpos descortinam semelhanças topológicas nos invasores face a males passados.


Atenção! Previna-se: Após alguns dias com este sintoma, se começar a sofrer de uma carência sem fim emergente é sinal que o vírus se alastrou. A partir daqui já não existem tratamentos até agora conhecidos e as consequências para o organismo são devastadoras.

terça-feira, 3 de março de 2009