segunda-feira, 7 de abril de 2008

Sei...


Sei que não posso acreditar enquanto não desacreditar, e que não é por «não ser reconhecida que a verdade deixa de ser verdadeira»;
E que devo, também, ser mestre de mim própria;
E que viver é sermos nós e não nos deixarmos substituir por metáforas nem decalques;
Descobrir que as ideias não se fazem em laboratórios, nascem como as árvores ou deixam de nascer;
Sei que tenho de me sentar, ficar a olhar os meus próprios pensamentos, contando as respirações, contemplando...
...estudando as maneiras, que utilizo para me fechar e aprender como me abrir;
Sentar-me quieta e observar as minhas viagens mentais e ouvir o meu diálogo interior, reparar como eu penso, como sinto e como faço;
Saber tornar-me uma testemunha imparcial da minha vida interior e do mundo à minha volta;
Saber que não quero ser Deus, nem Diabo!
Que quero ser, apenas, uma servidora dos alunos e não uma mestra;
Sei que se adoptasse, simplesmente, a postura de dar lições a quem quer fosse e, que se assumisse essa posições pedantesca sentir-me-ia uma tartufa e uma hipócrita.

1 comentário:

bazuko disse...

Devo dizer que tal veia em ti era desconhecida para mim....
ao visitar o teu blog percebi a dimensão do teu ser...
fiquei a compreender-te ou talvez não...
mas uma coisa eu sei...
ninguém escreve assim sem razão...

bjs*