quinta-feira, 29 de setembro de 2011

...Dois longos meses papá...


Faz hoje dois meses que a vida me privou da tua companhia, uma das pessoas mais especiais e importantes na minha vida. Pensei que ao fim deste tempo já teria superado todo o choque de teres partido, pensei que já conseguiria ter plena noção de que o telefone não vai tocar mais, que não vamos ver mais jogos do Benfica juntos, que não vamos discutir mais desporto os dois, que não te vou ver mais a puxar por mim numa bancada, que não ouvir mais o teu assobio único e inconfundível, a única coisa que eu ouvia dentro de água… Erro meu...

Passados dois meses de silêncio, da saudade que cresce e se agudiza em cada dia que passa, em nada me ajudou a encontrar palavras capazes de exprimirem a minha enorme tristeza pela tua perda papá… Saudades de ter mais que pai, mais que irmão, saudades de te ter como o meu melhor amigo que a vida tão injusta me tirou… Saudades de um homem extraordinário que, sob uma capa de dureza, ocultava uma alma sensível e boa do tamanho do mundo... Saudades tuas papá…
Não é verdade que todos sejamos iguais: há aqueles que percorrem o mundo sem deixar marca e aqueles para quem bastam pequenos momentos para nos marcar para sempre: se no mundo existem muitas pessoas capazes, há algumas que são absolutamente insubstituíveis, que marcam a sua génese, que lhe dão uma razão de ser, assim eras tu papá! Por todo o lado em que andaste facilmente marcavas as pessoas desses sítios, facilmente ajudavas tudo e todos, facilmente te integravas e facilmente seja a fazer o que fosse te tornavas no melhor trabalhador… Se eras assim tão bom, porque tiveste que partir tão cedo??
Porquê??
Não me consigo conformar, a minha cabeça diz-me que não voltas mais e eu sei que é verdade, mas o meu coração diz que esta foi só mais uma viagem e logo, logo vou novamente buscar-te e estarás junto de nós…
…Mesmo que sabendo que não venhas eu vou estar à tua espera…

… Sinto a tua falta …

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